quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Descobrindo a cura com o GARDENAL + BROMETO

Confesso que não imaginava o quanto um cachorro poderia mudar uma vida e a rotina das pessoas. Quando a Rolly tinha três meses foi a primeira vez que percebi ela repuxar as patinhas traseiras...como se elas tivessem ficado pesadas repentinamente. Durou apenas dois segundos, como se ela estivesse se espreguiçando. Achei estranho, porém, não me preocupei. No dia seguinte, novamente ela repuxou as perninhas traseiras, porém, reparei que desta vez havia sido mais forte, foi então quando tudo começou....ERA PRINCÍPIO DE CONVULSÃO!
Para começo de conversa: EU NEM SABIA QUE CACHORRO CONVULSIONAVA!
Pois bem, aquele final de semana foi o começo de tudo. A Rolly teve sua primeira convulsão, muito suave, porém, assustadora! Levamos ela ao veterinário...e aí eu aprendi que PET SHOP não serve para nada, a não ser nos fazer gastar com besteiras e não resolver nenhum dos nossos problemas! A veterinária nos atendeu e disse que era muito estranho e que não era normal em Rottweilers estas reações, levamos ela pra casa e, sob orientação médica, ficamos observando ela. De sábado para domingo ela convulsionou mais algumas vezes, em torno de umas 5 vezes. Percebemos que cada vez que ela tentava dormir profundamente ela entrava em estado de pré ictal e convulsionava, ou seja, ela não conseguia mais descansar. Percebemos ainda, que ela estava fraca, molenga, cansada...horrível! Então, na segunda feira levamos ela novamente na mesma veterinária de PET SHOP, e lá ela convulsionou na frente da veterinária. Percebemos outro erro, pois a veterinária ficou mais nervosa do que nós! Lá ela aplicou uma dose de Diazepan intra retal e a Rolly, após uns 30 segundos parou de convulsionar e começou a andar em círculos no consultório. A Dra. nos receitou Fenobarbital (Fenobarbital ou fenobarbitona, é uma substância barbitúrica usada como medicamento anticonvulsivante, hipnótico e sedativo. Primeiramente comercializada como Luminal por Farbwerke Fr. Bayer & Co., é também conhecido sob o nome comercial Gardenal.), nos informou que aquele remédio era anticonvulsivo e que solucionaria o problema dela em alguns dias. Levamos ela para casa esperançosos, porém, sem entender bem o que se passava. Resumo da ópera: não resolveu nada, pois a Rolly estava tomando apenas 3 gotas do tal Fenobarbital e nada resolvia. As convulsões foram aumentando, bem como a frequência e intensidade ao longo da semana. Ela aparentava cada dia mais cansada e apática. No domingo desta mesma semana, já passado uma semana com convulsões, não tinhamos mais sossego. Não conseguíamos dormir pensando nela, que ela poderia convulsionar e passar mal...e neste dia, ela teve a pior convulsão de todas que já teve. Eu estava com ela no meu colo, molenga, cansada, tentando dormir, quando a pequeninha começa a esticar as patinhas e fixar o olhar, PRONTO ENTROU EM TRANSI e lá começa a pior convulsão da vida dela. Trinta segundos pavorosos. O coração dela disparou que senti e enxergava a força com que ele batia, as patinhas duras e pedalando, os olhos fixos e o cérebro consciente, porém, sem dor alguma! HORRÍVEL, não existe outra descrição. Nos desesperamos e colocamos ela no chão e chamávamos ela pelo nome, segurávamos a cabeça para que ela não batesse em nada e nosso coração quase saltava pela boca junto com o dela! Neste dia resolvi tomar uma atitude mais radical: peguei ela, logo após esta crise terrível, e levei ela para um hospital veterinário gratuito que tem em Canoas: HOSPITAL VETERINÁRIO DA ULBRA. Mais uma vez, fiz outra "cagada" (perdão pelo palavreado mas a revolta é tanta que não consigo me conter). Consultamos com um tal de Dr. Felipe, estudante recém formado que atendia com o auxílio de seu professor. Lá é um hospital onde os alunos recém formados em veterinária fazem o seu cãozinho de cobaia. Após a consulta, veio a péssima notícia: A Rolly precisava ficar lá internada para ficar em observação e com as convulsões controladas. Eles aumentaram a dosagem do Fenobarbital para umas 4 ou 5 gotas e davam junto um outro anticonvulsivante do qual não me recordo o nome. Visitamos ela umas três vezes, pois o horário de visitas não era compatível com nossos horários. Cada vez que fomos lá, a imagem que tinhamos dela era pior. Ao longo do tempo ela foi ficando magrinha, percebemos que a ração que levamos para ela não estava sendo dada corretamente...eles alegavam que ela não comia sem a nossa presença, mas um enfermeiro nos disse depois que não davam muita ração porque eles tinham medo que ela convulsionasse enquanto estivesse comendo e também para não acorda-la, já que ela vivia sedada abaixo de remédios. Na próxima visita, percebemos que ela não nos reconhecia direito, por causa da sedação, estava apática, mole, magra, com as patas machucadas de ficar na gaiola, mijada, cagada e com uma lona azul ao redor da gaiola. Perguntamos o porque e eles nos responderam que era para melhorar o ambiente dela, que na penunmbra havia menos chance de convulsionar...e é verdade, mas dá uma dó! E na última visita, estávamos chegando ao hospital, quando o Dr. Felipe me liga e me fala que tem péssimas notícias...que a Rolly havia piorado, que ela estava tendo 20 convulsões por dia mesmo tomando um dos remédios mais fortes que havia para convulsão e mais três doses de Diazepan diária, que estava sedada totalmente e que daquela maneira ela não poderia continuar, que seria uma vida sofrida para um bichinho e que nós não teríamos sossego. Sua sugestão era SACRIFICAR A ROLLY. Desespero era apelido para descrever como me encontrava naquele momento. Imaginem eu, que havia comprado este bichinho para trazer alegria, após a perda da nossa Chau e ali estávamos novamente frente a outra morte! Cansados de passar noites acordados ao lado da Rolly, medicando, vendo que os medicamentos não resolviam, apavorados com tantas convulsões, acreditavamos realmente que aquela seria a única alternativa. Estavamos ESBAGAÇADOS de cuidar dela...foram duas semanas exaustivas de preocupações, choros, sem dormir e cansados. Porém, graças a forças divinas que me disseram para não confiar em uma única opinião (obrigada pai,mãe...família!), eu decidi retirar a Rolly de lá. Pegamos ela e a partir daquele momento a responsabilidade seria minha. Pois bem, marquei um horário no veterinário especialista em neurologia Dr. Rodolfo Voll, no mesmo dia e tenho a felicidade de dizer que ELE SALVOU A VIDA DA ROLLY!!!! É com enorme prazer que venho aqui expor minha gratidão por ele exercer esta linda profissão, por ele realmente estudar as causas das convulsões, por ele saber o que dar aos cães nesta difícil hora. Para a nossa felicidade, ele concordava comigo e disse que a Rolly estava tomando os medicamentos errados para àquela situação e que mandar sacrificar era mais fácil do que assumir que não sabia a cura! NOS RECEITOU GARDENAL 6MG/KG MAIS BROMETO DE POTÁSSIO 3MG, de 12/12 horas. Ressalto, que chegamos no consultório do Dr. Rodolfo com a Rolly convulsionando e, como ela estava internada na ULBRA, não sabíamos mais como estavam as convulsões dela (estavam mil vezes piores!): ela babava, defecava, urinava, pedalava, sacudia a cabeça, mordia e aquilo me chocava cada vez mais, pois não sabia até que ponto poderia piorar! Saímos do consultório do Dr. Rodolfo Voll confiantes, porém, receosos, com medo de que aqueles medicamentos não adiantassem porcaria nenhuma! Mas era nossa última tentativa antes de decidir se realmente iríamos sacrificar a Rolly. Ele nos instruiu a anotar em uma folha todas as vezes que ela tinha convulsão, o horário e a intensidade, para que pudéssemos perceber se havia alguma melhora. No 1º dia ela teve 22 convulsões, a maioria terrível como descrevi acima, mais algums mais suaves. No 2º dia ela teve 7 a maioria suave e algumas poucas fortes. No 3º dia ela teve apenas 3 convulsões e a partir deste dia as convulsões estavam totalmente controladas. A cada dia que passava ficávamos mais confiantes, mas tinhamos medo de que pudesse voltar a qualquer momento. Convém ressaltar, que o Dr. Rodolfo nos avisou que a dosagem que ela estava tomando era mediana (nem alta, nem baixa) e que nos três primeiros dias ela ficaria dopada, tonta, molenga e sonolenta. Justamente nestes três dias ela ficou bem assim...cuidavamos dela com todo amor do mundo...levavamos ela para fazer xixi, para comer grão por grão da ração, para beber água de seringa...e assim foi até que ela foi melhorando radicalmente dia após dia! E DEU MUITO TRABALHO MESMO!!! E foi assim que não sacrificamos a nossa querida Rolly, graças ao DR. RODOLFO VOLL QUE SABE O QUE FAZ E AO CARINHOS QUE DEDICAMOS A ELA! TENHO CERTEZA DE QUE SE A ROLLY PUDESSE FALAR, AGRADECERIA POR TODA A SUA VIDA, PRINCIPALMENTE AO DR. RODOLFO, POIS GRAÇAS A ELE ELA CONTINUA JUNTO DA GENTE. Por isto eu sempre digo: confiem no sexto sentido de vocês e ouçam uma segunda ou até uma terceira opinião para que tenham certeza de que esta é a única alternativa. Segue aí uma fotinho da Rolly quase um mês após esta loucurada toda! ; )


 

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Apresentação!

Meu nome é Ivette Rovisco e estou criando este Blog para demonstrar a paixão e zelo que tenho pela Rolly. Quem lê, visualiza uma cadelinha mesmo, mas ela é uma Rottweiler que atualmente encontra-se com quase 10 meses, ou seja, de cadelinha não tem nada!
Pois bem, resolvi dividir com as pessoas que gostam de animais tanto quanto eu o  nosso dia a dia e os momentos mais emocionantes (acreditem, já temos vários!) pois a Rolly é uma cadela pra lá de especial e merece atenção o tempo todo pois ela é convulsiva idiopática. Por este e outros motivos, resolvi aqui, abrir minha história para poder ajudar outros donos de cachorros convulsivos, pois PROMETI ajudar outros donos que possam vir a passar pelos mesmos problemas que estou passando com a Rolly.
Resolvi comprar ela e dar para meu namorado de presente, porque ele recém havia perdido sua mais fiel e companheira amiga...a Charlotte. A Charlotte, mais conhecida como "Chau", era também uma Rottweiler muito amada. Ela era braba, esperta, forte e liiiinnndaaa, porém, com 10 anos acabou nos deixando pois estava com câncer. Ficamos todos muito tristes e abalados pois a Chau era uma ótima companheira e muito fiel. Então, como já disse, resolvi comprar a Rolly! Quando ela chegou tinha apenas 35 dias e mais parecia uma gatinha de olhos puxados do que uma Rottweiler (rsrsrsrs). Inicialmente quando apresentei ela houve uma certa rejeição pela perda recente da Chau, porém, após alguns dias, ela já era amada e havia cativado a todos, tornando-se a famosa "FIFIA" (apelido carinhoso dela).
Como sou novata no Blog, ainda não sei bem como funciona....mas prometo contar aos poucos tudo que já passei, o que a Rolly toma, o que ela já teve, como ela está, quais os médicos que levamos ela, os cuidados diários com ela e tudo que envolve ela,. Segue uma fotinho da Rolly quando chegou aqui em casa com 35 dias!!! MINHA GATIIINHA LINDAAAAA!!! : )